Quantas
aflições cabem num espaço de 1,90m por 100kg de fundura?
Quantos
litros de sorte podem circular por ali?
Quantos
cacos de histórias, de vícios, de gozo preenchem esse tamanho?
E
que capa de sedução será capaz de vesti-lo?
Quantas
ignorâncias, empilhadas duas a duas, três a três, podem ser acomodadas naquele
perímetro?
Quanta
devassidão pode ser sacada de seus cofres?
Qual
a largura dos devaneios que lhe estão contidos?
Com
quantas porções de desavenças, desventuras, desorientações e destemperanças se preenchem suas
gretas?
Quantas
caixas de caralhos e bucetas entumecidas estão esquecidas ali?
Quantos
diabos cabem em uma de suas frestas?
Quantas
têtas? Quantas metas? Quantas células?
Quanto de tudo do que cabe em mim cabe em ti?
Quanto de tudo do que cabe em mim cabe em ti?
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